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HOMILIA DE DOM JOSÉ MANUEL IMBAMBA, PRESIDENTE DA CEAST

HOMILIA DE DOM JOSÉ MANUEL IMBAMBA, PRESIDENTE DA CEAST, POROCASIÃO DO ENCERRAMENTO DA 3ª JORNADA NACIONAL DA JUVENTUDE(JNJ) – OMBAKA – 2022

Excelências Reverendíssimas Senhores Bispos da CEAST

Caro Irmão D. António Francisco Jaca, Bispo da diocese que nos acolhe

Reverendos Senhores padres

Reverendas irmãs

Amados jovens que viestes de todos os recantos das nossas dioceses

Aqui nos reuniu o amor de Cristo para juntos, de corações unidos e jubilosos, escutarmos, celebrarmos e testemunharmos a nossa fé, a exemplo de Maria. Viemos de perto e de longe, das aldeias e das cidades, porque nos sentimos atraídos pela luz da Páscoa que não sessa de nos encantar e embelezar as nossas vidas. De facto, Cristo, nossa Páscoa, é ‘o caminho, a verdade e a vida’. É Ele cujo exemplo de vida continua a renovar a face da terra, a operar a revolução do amor, dando novo sentido à vida em sociedade, à História, à Natureza e à esperança que anima o nosso viver quotidiano. A Ele toda a honra e glória pelos séculos sem fim.

Amados jovens, estamos a chegar ao final de mais um ano litúrgico. Com a celebração do próximo domingo, Solenidade de Cristo Rei do Universo, Dia Mundial da Juventude Católica, nós encerraremos o tempo comum e o ano litúrgico (C). Daremos início a um novo ano (ciclo A). Como acontece no final de um ano, é tempo de fazer um balanço e traçar metas futuras, vislumbrar um novo tempo e novas esperanças para não repetir os erros do passado e ir melhorando na missão e nos nossos compromissos. Por essa razão, a liturgia deste domingo traz elementos escatológicos para a nossa reflexão e nos ajuda a nos preparar para o novo ano litúrgico que em breve iniciará, com o Advento. 2 A Liturgia da Palavra de hoje lança-nos para o futuro, para o fim dos tempos; o fim das aparências e do fascínio das coisas temporais.

A primeira leitura, da profecia de Malaquias, fala da vinda de um tempo abrasador que destrói o que não é bom e preserva o que é bom. No referido tempo os primeiros a serem destruídos serão os soberbos e os ímpios, uma vez que pensam ser maiores que Deus e agem como se Deus não existisse. Serão destruídos como palha, assim ouvimos.

São palavras que nos amedrontam? Não. Pelo contrário, nos animam a sermos firmes e perseverantes na prática do bem e das boas obras: vivermos habitualmente segundo as virtudes que brotam de Deus e do nosso viver social, deixando pra trás tudo o que nos leva à arrogância, prepotência e a comportamentos que revelam falta de humildade e que adiam a chegada do novo tempo.

Já o Santo Evangelho nos chama à atenção para as coisas essenciais para a vinda do Reino, para não nos prendermos às aparências ou às superficialidades das coisas.

Lucas inicia o texto que acabamos de escutar, mostrando pessoas deslumbradas com a beleza do templo, enfeitado com belas pedras e com ofertas votivas coisa que é comum entre nós: todos nós nos encantamos com belas igrejas, e há os que reduzem sua visão religiosa, nestas questões estéticas e arquitetónicas. Tanto é que fiéis há que se preocupam mais em cuidar do templo, edifício, do que dos templos vivos, que são as pessoas, investindo mais em obras do que em formação. Quando a gestão das nossas comunidades se reduz à construções e reformas ou a ornamentos e a parte pastoral e espiritual fica esquecida, isto revela uma visão reducionista da Igreja e da sua própria missão. Tenhamos presente que a verdadeira Igreja somos nós mesmos, tendo em conta a qualidade da nossa fé, da nossa conversão, do nosso compromisso e do nosso testemunho.

Assim, diante do deslumbramento de algumas pessoas com essas questões aparentes do templo, Jesus alerta para a finitude delas, por mais sólidas que elas 3 possam parecer. Neste mundo, tudo passa; tudo tem um fim, sobretudo os bens materiais. O que não passa são os valores espirituais (a caridade). Ao afirmar que “dias virão em que não ficará pedra sobre pedra. Tudo será destruído”, Jesus assusta os seus ouvintes, mas é realista e profeta na sua visão.

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